Cusco – Peru

Este post faz parte de Sete Noites no Peru. Leia aqui.

Estivemos aqui início de set/18 e ficamos no hotel Unaytambo Boutique Hotel que recomendamos muito. Simples e extremamente confortável, atendimento perfeito e discreto, super bem localizado. Em frente ao Qoricancha e coladinho na Plaza de Armas, a praça principal de Cusco. Fizemos tudo a pé. Só pegamos táxi para locomoção ao aeroporto, que fica a 5 km da Plaza de Armas. Em Cusco o check in é em torno de 11h e o check out às 9h. E como daqui saem os tours para o Valle Sagrado e Machu Picchu, as pessoas fazem bate e volta e podem deixar as malas guardadas nos hotéis, levando apenas as mochilas. Ficamos 3 noites no hotel, é o suficiente. Dormimos 1 noite, passamos 2 noites fora –  dormimos 1 noite em Ollanta, a última cidade do Valle Sagrado, e outra noite em Aguas Calientes (Machu Picchu) – voltamos e ficamos mais 2 noites em Cusco.

Recomendo também olhar este apto do airbnb, aqui!

HOSPEDE-SE PRÓXIMO À PLAZA DE ARMAS!

Aqui compartilho contato de um bom taxista: Cesar (taxista): +51 977200903 e de um guia maravilhoso, o Elvis (mora em Cusco e faz tour por lá e pelo Valle Sagrado): +51 948 031 340. Fomos com essa dupla para o Valle Sagrado e foi genial! Em breve escreverei o post com detalhes.

Quando ir: No verão costuma chover e o inverno é bem frio. Mesmo que de dia faça sol, à noite esfria bastante, um ar gelado quando o sol se põe.

Soroche: O mal de altitude pode causar enjoo, tontura e dor de estômago. Já no aeroporto você terá direito a folhinhas de coca para mastigar. Não desperdice sua porção. Mova-se tranquilamente, nós turistas estamos sempre correndo. Caminhe devagar. Um limenho nos deu um conselho extraordinário, ele nos disse para tomar um belo café da manhã antes de chegar em Cusco, não almoçar, ou tomar apenas algo leve, muito líquido, chá de coca sempre que puder (disponível à vontade no seu hotel), sopas. Seguimos à risca e não tivemos absolutamente nada. Tomamos um belo café da manhã em Lima, de onde partiu nosso avião, e uma vez em Cusco, almoçamos era 16h já, apenas suco e salada. Quando chegamos ao hotel, a recepcionista nos levou até uma mesa, onde sentadinhos fizemos nosso check in bebendo chá de coca que ela gentilmente nos trouxe. Ao chegar no quarto, deitamos durante 1h para descansar. Mandar um turista descansar parece um disparate, mas aqui isso é aproveitar tempo. A maioria das pessoas que conheço foi acometida pelo soroche. Esse limenho que conhecemos chegou a ver disco voador. 🙂

Câmbio: Os guichês de câmbio da av. El Sol costumam ter cotação melhor do que as lojas da Plaza de Armas.

Info sobre ingressos para Machu Picchu:

As lojas do trem, Inca Rail e Peru Rail, estão na Plaza de Armas. No aeroporto de Lima também tem um guichê da Peru Rail (não sei se tem Inca tb, deve ter!). Não é preciso trocar os ingressos, os que você imprimiu são válidos. Porém, quando comprei nossas passagens, cadastrei o André com o passaporte, mas ele só levou RG na viagem, então tivemos que ir à loja antes fazer a alteração. Sem problemas, atendimento excelente.

DICA DE OURO! Sabia que você já pode comprar as passagens de ônibus que vão de Aguas Calientes ao parque de Machu Picchu em Cusco? Legal, né? Fica no Interbank na Av. El Sol. Se pagar em dólares, leve certinho, pois não dão troco em dólares, mas em pesos. Funciona em horário bancário.

O que fazer:

Cusco é cidade patrimônio da humanidade da Unesco desde 1983. Altitude de 3.400m no centro histórico.

INGRESSOS:

Se você pretende visitar sítios arqueológicos em Cusco e no Vale Sagrado deve comprar um dos boletos turísticos à venda na Cosituc (Av. El Sol, 103, Galerías Turísticas. Fica na Municipalidad e abre diariamente de 8 às 18h). Para cumprir este roteiro, o bilhete a ser comprado é o boleto turístico general, que custa 130 soles e dá direito a visitar sítios listados num prazo de 10 dias a partir do primeiro uso. Outra opção mais restrita é o boleto parcial, ambos podem ser comprados  também na entrada de qualquer um dos sítios arqueológicos. Nós compramos o geral (general) porque fizemos Cusco e Valle Sagrado. Avalie.

Você pode pegar a dupla César (táxi) + Elvis (guia) e fazer num dia, todos, ou quase todos, s sítios arqueológicos de Cusco incluídos no ingresso!

Se for a Pisaq, precisa de um dia para fazer bate e volta. Nós não fomos por falta de tempo.

Já que estamos falando de boleto general, fomos no último dia da viagem a  Sacsayhuamán , entrada incluída no bilhete, e valeu muito a pena! Achei um lugar especial, e olha que fomos lá depois do Valle Sagrado e MP! Chame o Elvis pra te guiar, o passeio fica muito mais completo. Fomos de táxi, porque fica no alto de uma colina e voltamos a pé, já que é só descida num caminho super agradável pela Rua Pumacurco que desemboca na Plaza de Nazarenas, passando por uns 3 cafés no meio do caminho.

Este sítio arqueológico supõe-se que era usado para atividades cerimoniais devido a seu amplo pátio. Infelizmente foi largamente arruinada pelos espanhóis, que usaram suas pedras para construir igrejas. Se quiser, na volta pode passar pelo Cristo Blanco, a gente só viu de longe (foto acima). Como Sacsayhuamán fica no alto, ali você tem o mirante da cidade.

LEVE ÁGUA E CHAPÉU. USE PROTETOR SOLAR.

Depois de tomar um café no Mama Oli, passamos pela Plaza de Armas e  caminhamos até o mercado de San Pedro, dando uma paradinha antes na rua onde tem a pedra de 12 ângulos. André estava doido pra vê-la. Mercado de San Pedro é muito barato! Depois lmoçamos hamburger no Papacho´s.  Super astral.

Plaza de Armas, o coração do centro histórico, vívida e  lindíssima!

[Los balcones españoles no centro da cidade]

É na Plaza de Armas onde está outra bela atração, a Catedral de Cusco (aberta diariamente de 10h às 18h; $25 soles). Você pode entrar de graça durante as missas que acontecem todos os dias às 6h da manhã. Além de economizar você ainda vivencia uma Plaza de Armas fantasma. Foi o que fizemos num  domingo. Levou quase 100 anos para ser construída e tem mescla de estilos: maneirismo, gótico e barroco. Repare na imagem do Señor de los Tremblores que arrasta multidões quando levada em procissão. E no quadro da  Última Ceia, no qual Jesus e seus apóstolos fazem uma refeição andina, com cuy (porquinho-da-índia), rocoto (pimentão recheado) e mamão papaia. Outras igrejas por ali:  Compañía de Jesús, na lateral da Plaza de Armas; La Merced, na calle Mantas, 121; San Francisco, na praça entre a plaza del Regocijo e o arco de Santa Clara; Santa Clara, logo depois do arco; e San Blas, na plazoleta do bairro alto de Cusco.

Qoricancha (Santo Domingo, s/n; 2ª a sáb 8h30 às 17h30; $10 soles; não está incluído no boleto turístico). Mais um exemplar da sofisticada arquitetura dos incas, que ninguém sabe explicar, construção feita com pedras encaixadas. Agora Convento de Santo Domingo, era o Templo do Sol dos incas, antes da conquista espanhola. Algumas paredes são originais. Destruído pelos espanhóis que fundaram uma igreja no lugar e que veio abaixo num terremoto em 1650, virou convento depois. As paredes, em tempos de templo dourado inca, eram revestidas de ouro e prata, tudo foi saqueado. De resto, há um bonito claustro e uma galeria de arte católica executada por artistas cusqueños. O convento de Santo Domingo, construído sobre o templo de Qoricancha, foi fundado no século XVI e é uma das atrações imperdíveis de Cusco. Se tiver o boleto general, pode descer ao Museu de Sitio Qoricancha (Av. El Sol, s/n), que fica no subterrâneo do jardim externo e expõe artefatos encontrados durante as escavações.

[Jardins do Qoricacancha]

COMPRAS! Um passeio legal de fazer em Cusco é dar uma passadinha pelo Mercado Central de San Pedro (diariamente de 6h30 às 18h30). O caminho é bem legal e ao mesmo tempo, muvucado. Passa pelo Arco de Santa Clara e,  sem arredar pé do centro histórico, já sai do coração turístico da cidade. FAÇA TODAS SUAS COMPRAS DE ROUPAS E SOUVENIRS AQUI! TODAS AQUELAS BLUSAS DE LÃ AQUI SÃO BEM MAIS BARATAS! Trouxe também belas mantas para cobrir sofás, xales e toalhas de mesa. A produção têxtil é um dos pontos altos do Peru. Reserve dinheiro porque nem todos os stands aceitam cartão. Além disso você vai ver vários tipos e cores de milho e conhecer frutas locais. Chame o Elvis pra te guiar e enriqueça seu vocabulário espanhol gastronômico! Todos os produtos consumidos pelos cusqueños estão à venda por mulheres quechua, muitas delas com roupas tradicionais.

Museu de Arte Pré-Colombiana/MAP (Plaza de las Nazarenas, 231; diariamente das 9h às 22h; $20 soles), elegante filial cusqueña do museu Larco de Lima. Possui galerias temáticas por material (ouro, prata, madeira, osso) e salas dedicadas às variadas culturas que formaram o Peru, portanto, aqui há também uma sala inca. E tem um restaurante bem cotado.

Onde comer:

Algumas frutas locais: camu camu (acerola), lúcuma, um tipo de abacate usado em sobremesas; granadina, um maracujá doce que eu achei que era romã, apesar da cor, physalis (mas tem outro nome que agora esqueci)… mesmo falando bem espanhol, vocabulário local a gente está sempre aprendendo. Notamos que no Peru mesmo você pedindo suco sem açúcar, eles colocam, então, enfatize.

 

Há muitas boas opções de restaurantes em Cusco! A gente gostou especialmente:

Greens (uma portinha na rua Santa Catalina Angosta, 135, fica no 2do andar): drinks (cóqteles), sucos (jugos), vitaminas (batidos), massas (pastas), saladas (ensaladas), sopas e entradas super apetitosas e variadas. Tomamos chicha morada, sucos com frutas misturadas, ensalada Primavera e  entradinha de wrapp de frango, tudo bem leve e zero álcool para evitar o soroche. Almoçamos aqui quase 4h da tarde no dia em que chegamos em Cusco.

Incanto (Santa Catalina Angosta, 135, mesmo endereço do Greens, ficam lado a lado): “trattoria cusqueña sem pretensões”, conforme descrição do site! Frequentado por locais, nossa jantar foi uma delícia! Lugar agradável, comida gostosa e ótimo atendimento. Faz parte da rede Cusco Restaurantes de bons restaurantes com diferentes estilos.

Obrigada pelas sugestões ao Cup of Things!

Papacho´s (Santa Catalina Angosta, 115) : hamburgueria do chef Gastón Acurio. (já falei dele no post Lima: onde comer)

Também jantamos no italiano Carpe Diem (Calle Plateros 361):

Nosso último jantar queríamos que fosse no MAP Café, um dos melhores restaurantes de Cusco, que fica num elegante contâiner dentro do Museu de Arte Pré-Colombiana. Mas demoramos pra ser atendidos e desistimos. Escrevi depois para reclamar e foram muito simpáticos na resposta, se redimiram.

Cafés: Deli Monasterio (Calle Palacios, 136 – Plazoleta Nazarenas); El Café de Mamá Oli (Plaza Nazarenas) e Catalina Menta Bakery & Shop (Pumacurco)

Outras sugestões:

Pachapapa (Plaza San Blas, 120):  pizza no forno a lenha e pratos típicos como o lomo saltado (filé com legumes, acompanhado de arroz).

Limo (Portal de Carnes, 236 2º andar, lá no fundão da Plaza de Armas): cevichería

Tapa Tapa y Olé (Suecia, 343-C): de um espanhol que serve menus baratos de três passos (entrada, prato principal e sobremesa).

 

Chicha (Plaza Regocijo, 261 – 2do andar):  Haute cuisine para clássicos da culinária cusqueña, também by Gastón!

Cicciolina (Calle Triunfo, 393 – 2do andar): italiano. Tem dress code.

Senzo (Plaza Nazarenas, 144): fica dentro do hotel 5 estrelas Belmond.

Museo del Pisco (Santa Catalina Ancha, 398 – esquina com  San Agustín): para beber e beliscar.

Leia aqui o post completo sobre o Valle Sagrado (e em breve, Machu Picchu!)

*todas as fotos de nossa autoria

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