Este post faz parte do nosso roteiro 15 dias na Espanha.
Ficamos em dúvida se uma vez em Madri, passaríamos um dia em Segóvia ou em Toledo. Como era aniversário dos meus sogros, deixamos eles escolherem e acabamos em Toledo. Passamos um dia maravilhoso, e acho que em Segóvia não seria diferente. Fomos numa 2ª-feira de novembro, compramos o bilhete de trem na hora, na Estação de Atocha, para às 9:20h e também o da volta, não me lembro o horário, acho que 16h. É só meia hora de viagem.
Onde ficar: Parador de Toledo
Toledo é declarada Cidade Patrimônio da Humanidade pela UNESCO e é onde a corte viveu antigamente, antes de trasladar-se a Madri. Aqui também morou, até morrer, o importante pintor, escultor e arquiteto, apelidado como El Greco — porque esta era sua nacionalidade — quem muito influenciou e contribuiu na arte espanhola durante o século XVII. Como era 2ª-feira, a Casa Museu del Greco estava fechada. Fon fon! Para saber mais sobre El Greco, clique aqui.
Em 1085, Toledo era conhecida como a cidade das três culturas, pois ali conviviam (não tão pacificamente assim) cristãos, judeus e muçulmanos. A Escola de Tradutores já existia antes do século XIII e desde sempre foi referência de centro cultural europeu. Traduzia textos árabes e judaicos e as obras gregas.
Assim que chegamos na estação (foto abaixo), pegamos um táxi até a Catedral. O mapa é vendido na estação, mas não compre, porque além de ter que pagar, ele é ruim. Na “Oficina de Turismo” (posto de informações turísticas) da Catedral eles te dão um gratuitamente e bom, além de todas as informações que precisar.
Na Catedral, é vendido um passe de €8 que dá direito a várias visitas na cidade. Se quiser subir à torre (da Catedral), que tem um sino rachado (ficamos curiosos) tem que pagar à parte. Lembre de falar isso no ato da compra, senão vai ter que enfrentar fila de novo.
A Catedral de Toledo é magnífica, uma das mais bonitas que já vi, enorme e rebuscada, um desbunde mesmo!
Veja que interessante esta parede na Universidade de Toledo. Antigamente, o nome dos melhores alunos eram pintados com sangue de touro. Felizmente, as touradas estão proibidas por lá hoje em dia.
Uma das coisas que mais me emocionou em Toledo, foi conhecer a arte de damasquinado, que consiste em inserir fios de ouro em imagens. Os artesãos trabalham dentro do Convento de Santa Izabel, onde fica o centro de artesanato damasquinado, que tem este nome por ter origem em Damasco, na Síria. Um ofício que deve acabar, pois só restam 19 artesãos, todos homens, somente um jovem entre eles, filho de um deles que resolveu seguir o ofício do pai. Ali as peças são originais, nas lojas 75% é industrializado (prensado) e não feito a mão, como aqui. Foi fascinante ver de perto o trabalho dos artesãos.
Compramos brincos, pingentes. Há espelhinhos, caixinhas, pratos, bibelôs, tudo damasquinado, umas lindezuras! São típicas também as armaduras e espadas de Toledo. Este tipo de arma, feita em Toledo, abastecia os exércitos europeus. Há grande variedade de facas para comprar de presente e essas podem sim, passar sem problemas no raio-X da estação de trem. É tradição as pessoas levarem. E falando em coisas típicas, minha sogra comprou caixas de Mazapán (pasta de amêndoas com açúcar) na loja de 1856, Santo Tomé (Calle Santo Tomé, 3) que fica por aqui:
Fomos andando em direção ao Rio Tejo, que banha a cidade, passando pelo Convento La Concepción:
E chegamos a uma espécie de boulevard de frente para a Ponte Alcántara, olha que beleza:
E fomos descendo em direção à avenida que passa lá embaixo, para pegar um táxi:
Pegamos um táxi (€5) para o Parador, de onde se tem a melhor vista da cidade. O caminho é bonito (e curto) pelo bairro Cigarrales, só com belas casas, fincas (sítios). Foi do terraço do restaurante de lá de onde batemos estas fotos maravilhosas e tivemos uma vista dos deuses! (este bairro, Cigarrales, aparece no filme “A Pele que Habito”, de Pedro Almodóvar. A história do longa espanhol se passa em Toledo.)
O Parador é um hotel e tem também restaurante aberto ao público. Os funcionários são bem tranquilos e deixam as pessoas fotografarem à vontade, mesmo que não consumam no restaurante, que é bem bonito. A gente não almoçou, porque não queríamos perder tempo. Só bebemos cerveza e comemos sanduíches. Os preços: hambúrguer €12, sanduíches €7, chopp €2,65. Pra quem quiser se hospedar, deve ser uma ótima pedida!
O recepcionista chamou um táxi pra gente, na maior gentileza e fomos para a estação (€5), que é linda, como tudo nesta simpática cidade medieval!!
Imperdível, não? Mais info sobre a cidade aqui.
*Todas as fotos são de nossa autoria.
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