Estivemos aqui por um dia, vindo de Valladolid, em dez/15. A cidade é linda, declarada pela Unesco patrimônio da humanidade! Vale muito a pena vir conhecer! É provinciana, deliciosa para caminhar.
Como chegar: Melhor vir de ônibus porque a estação de trem é mais afastada e você vai precisar de transporte, enquanto que da rodoviária você chega facilmente a pé ao Aqueduto. A viagem de Valladolid durou 2h porque vai parando em vários pueblitos.
Caso vá de carro, pode dar uma paradinha no pueblo medieval de Pedraza. Era o que faríamos se fôssemos de excursão pela escola.
A cidade natal do poeta Antonio Machado (confesso que o conheço mais por compartilharmos sobrenome) abriga um dos mais ricos conjuntos romanos da Europa. O Aqueduto (foto), monumento mais emblemático de lá, é um exemplo. Historiadores acreditam que Segóvia foi abandonada após a invasão islâmica e repovoada no final do século XI por cristãos do norte da península. E teve seu esplendor no final da Idade Média.
As meninas dos olhos de lá são o Alcázar e a Catedral. Fizemos visita guiada no Alcázar e valeu muito a pena, recomendo. Não tivemos tempo de entrar na catedral, só vê-la por fora. E ela é mais bonita, por fora, do que o Alcázar, realmente! A Catedral fecha cedo, às 17:30h. €3. A visita guiada às torres da catedral custa €5 e dura 1h30.
A entrada no Alcázar custa €7 e pagamos mais €1 pela visita guiada que dura uns 45 minutos. A guia que aparece numa foto mais abaixo era ótima!
[Alcázar]
O Alcázar está construído sobre uma rocha na confluência dos rios Eresma e Clamores. Tamanha localização privilegiada sugeriu desde o início a ocupação de uma fortaleza desde a época celta, embora este fato não seja confirmado. O palácio foi ocupado por sucessivos monarcas desde o século XII.
Alguns detalhes:
[Tetos mudéjar]
Um incêndio no século XIX causado por uma chispa de lareira queimou tapeçarias e derrubou paredes finamente pintadas. Alguns tetos mudéjar se mantiveram. Hablando de este tema, quem fazia este tipo de pintura e desenhos bonitos, trabalhosos e cheios de detalhes, eram os árabes. Os trabalhos eram encomendados pelos cristãos quando os árabes já viviam sob o domínio deles. Após o incêndio a corte se mudou, pois ninguém podia viver ali no inverno com apenas uma lareira, pois após o acidente, Fernando de Aragão ordenou que só ficasse uma, por medidas preventivas. E todo o castelo foi reconstruído, só que de forma menos suntuosa.
Você pode subir às torres por uma daquelas escadinhas estreitas e íngremes:
E finalmente o magnífico Aqueduto Romano, do século I que trabalhou conduzindo água ao Alcázar até o século 19! Este engenho da engenharia é patrimônio da humanidade. Como estivemos lá num dia laboral, mas de feriado, havia um mercadinho de artesanato na larga rua peatonal (só para pedestres) em frente, repleto de lindas peças em cerâmica.
Calle Real: rua principal, com trânsito e comércios, recorre conjunto arquitetônico dos séculos XV ao XX. Basta caminhar por ela e ver tudo isso:
Mirador de la Canaleja: mirante de onde se contempla a montanha da Mujer Muerta e o bairro de San Millán.
Foto: http://guias-viajar.com/madrid/viajes-excursiones/segovia-fotos-monumentos-calle-real/
Casa de los Picos: o proprietário da época colocou estes picos na fachada para diferenciá-la.
Foto: http://www.alamy.com/stock-photo-casa-de-los-picos-along-calle-juan-bravo-33-in-the-capital-city-of-3828796.html
Palacio del Conde Alpuente: do século XV, com delicadas janelas de estilo gótico, destaque para os desenhos em esgrafito.
Foto: http://www.asturnatura.com/turismo/palacio-del-conde-alpuente/2857.html
Plaza de Medina del Campo: conjunto arquitetônico que dizem lembrar as praças italianas por seus prédios elegantes. Compreende a Iglesia de San Martín, o Torreón de Lozoya, Casas Solier e de Bornos, ambas do século XVI precedidas de uma fonte com figuras de leões e crianças. Aí também a Casa de Juan Bravo com uma estátua dele e outra chamada popularmente de “Las Sirenas”, duas esfinges neoclássicas de pedra com cabeça de mulher e corpo de leoa.
Foto: http://touristear.com/que-ver-en-segovia/
Museu Esteban Vicente, com exposição permanente do pintor segoviano e Centro de Arte Contemporânea com exposições temporárias internacionais.
Cárcel Real ou Cárcel Vieja, antigas prisões até 1933, hoje biblioteca pública, em suas celas esteve encarcerado Lope de Veja por quatro dias. Uma história bem curiosa, uma molecagem, conto depois.
O ponto final deste trajeto é a Plaza Mayor, que é pequena, não tem tanta graça, mas é o coração da cidade e onde estão a Catedral e a prefeitura de fachada de granito, torres de gessos e relógio com sinos. Lá também estão o Teatro Juan Bravo e a igreja gótica de San Miguel, onde foi celebrada a proclamação de Isabel como rainha em 1474. Ao redor da praça, casas dos anos 20 e 30.
Finalmente, Plaza de la Merced rodeada por casas nobres com desenhos em esgrafito, pátios verdes e a igreja romana de San Andrés.
E Segóvia ainda tem 3 km de muralha!
Pelo site http://www.turismodesegovia.com/es/que-hacer/itinerarios-por-tu-cuenta/desde-el-acueducto-al-alcazar há um recorrido que começa pelo Aqueduto + Calle Real + Mirador de la Canaleja + Casa de los Picos + Plaza del Corpus + Plaza Mayor, catedral terminando no Alcázar. Este tour foi super recomendado pela escola, mas como fomos num dia de feriado local, com menos horários de ônibus Valladolid/Segóvia, não chegaríamos a tempo. Nosso ônibus era às 11h com volta às 19h. Fon fon!
Este roteiro faz parte de Espanha 15 dias: Valladolid (12 noites) + bate-e-volta para Ávila, Salamanca, Simancas e Segóvia e Madrid (1 noite)
*todas as fotos são de nossa autoria, exceto as com créditos.
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Uma resposta para Segóvia – Espanha