Quarta parada: Pueblos Blancos (Este post faz parte do nosso roteiro 15 dias na Espanha!)
Ou “los olivos sudan aceite”, pois é, você vai passar por paisagens repletas de oliveiras. Ouve isso e viaja comigo.
Estivemos lá em Nov/14. Pueblos blancos são os povoados brancos, interiorzinhos assim chamados por terem casinhas caiadas, brancas. Também pelas janelas enfeitadas com vasinhos de flores de cores vivas e por suas ruas estreitas. O contraste do branco puro das fachadas com o vermelho do telhado é um pitéu de se ver.
O projeto de roteiro de 2 dias (uma noite) foi este, saindo de Málaga onde alugamos o carro: Ronda → Olvera + Setenil de las Bodegas + Zahara de la Sierra + Grazalema + Benaocaz + Villalengua del Rosario + Ubrique + El Bosque + Arcos de la Frontera (1N) + Jerez de la Frontera → finalizando em Sevilla onde entregamos o carro.
Mas o miolo, cidades onde entramos para conhecer, acabou sendo assim: Málaga → Ronda → Olvera → Setenil de las Bodegas → Arcos de la Frontera (1N) → Sevilla
Saímos tarde de Málaga, 11:30h da manhã, e ficamos muito tempo em Ronda. Pois é, Ronda merece dormir e um dia todo, uma manhã inteira, pelo menos, vai!! André queria ir pra Cádiz, mas vimos na previsão que ia cair um pé d´água. Realmente, chegamos em Sevilla sob um temporal!!
Onde ficar: Dormimos em Arcos de la Frontera. Pegamos o hotel na hora, pois estávamos ao léu, íamos dormir na cidade que nos desse na telha, portanto, nenhuma reserva havia sido feita. Ficamos no Peña de Arcos, bem central, €50 sem café. Atendimento acolhedor. A ideia era ficar no Parador, mas não tinha estacionamento, ficava no alto de um penhasco, o que era inviável pra nós com malas.
Não passamos por Vejer de la Frontera, mas fica indicação do meu muso, Ricardo Freire, aqui!
O que fazer:
Ronda: É uma das cidades mais lindas que já vi! Conheci quando morei na Espanha e quis levar o marido e sogrinhos pra ver pra crer. Não pode ficar de fora do seu roteiro de jeito nenhum!
Se for dormir veja se dá pra ficar num Parador.
A cidade tem a primeira Plaza de Toros da Espanha, você pode fazer visita guiada. As touradas estão proibidas lá, ufa!
Ronda é rodeada por altas muralhas com 2 portões: Puerta de Almocábar (islâmica) e Puerta de Carlos V. A Ponte Nova (Puente Nuevo) é um desbunde! A melhor vista é seguindo pelo Camino de los Molinos e o melhor passeio é descer o penhasco a pé. Há uma trilha que beira a encosta e chega até o rio Guadalevín. É lá debaixo que eu tirei estas duas fotos em 2002! É tão bonito que até parece montagem.
Contornando el puente na direção da Plaza de Toros tem este mirante:
Tem também o passeio que desce até a mina, mas acho desnecessário. Um sacrifício, porque na volta você tem que subir tudo que desceu pra ver quase nada, por uma escada comprida em ziquezague escavada numa rocha. A mina secreta faz parte do que foi uma fortaleza mozárabe, do século XIV. Era uma estrutura militar secreta da época em que Ronda era posição estratégica no controle que seria reino Nazari de Granada frente a Castilla.
Olvera: subir na igreja com vista da cidade. A igreja fecha às 2ª-feiras e nos outros dias fica aberta de 11 às 13h. Por isso, só vimos por fora.
Setenil de las Bodegas: outra paisagem incomum. Olha só:
Pra chegar neste lugar acima, fomos perguntando na rua, não tínhamos nenhuma referência para “atualizar” no GPS. “Quien boca tiene, a Roma llega“, não é? Um amigo espanhol disse que tem um queijo típico em Grazalema, o queso payoyo, feito de leite de ovelha da região. Sentamos em um bar debaixo da pedra, pedimos cerveza que acompanhamos com o payoyo comprado numa lojinha ao lado. O céu é o limite! (Mais sobre o queijo aqui!)
Arcos de la Frontera: chegamos a Arcos no fim da tarde. Jantamos no Restaurante italiano Mamma Tina (Calle Dean Espinosa, 10), fomos a pé, e gostamos de todos os pratos que comemos. A cidade é quase deserta, o garçom estava jogando futebol com o filho na rua em frente quando chegamos. Fica na ladeira da Plaza del Cabildo. Pois é, estes pueblos blancos são apinhados de ladeiras. Subir com o carro por elas era uma aventura!! Depois do jantar, fomos até a Plaza e tive uma sensação maravilhosa: debruçada nas grades da igreja, beirando o penhasco, me senti isolada do mundo. Ao fundo, música orquestrada da escola de música localizada ali na praça, a brisa gelada e a lua.
Arcos tem um pão típico, o molillo, que provamos no café da manhã do restaurante do hotel. Nos explicou o garçom. Subimos de táxi para a Plaza del Cabildo (foto), €5, é pertinho, mas tem um ladeirão, para ver a igreja e vista de dia. O pueblo se forma em cima de um penhasco (peña). É nesta praça onde está o Parador (hotel). Acredito que você possa estacionar ali na praça (direito só para moradores), caso tenha reserva lá.
Lá em cima tinha um cara com corujas. Eu estava achando tudo tão mágico que nem me dei conta que as bichinhas estavam presas e eram escravas daquele homem. Até tirei foto e me arrependi MUITO depois, pois acho que os bichos devem viver em liberdade, tadinhas das aves!
Pra comprar, ache a Casa Ramón (Calle Botica, 15). O dono, Ramón, é uma simpatia e a lojinha tem de tudo: bibelôs, leques, chales, vestidinhos de gitana, sombreros… Tem gente que se esbaldou!
De lá descemos a pé e fomos entrando nos museus pequeninos e charmosos que existem lá. Chegamos no hotel, pegamos o carro e seguimos pra Sevilla.
Pontos a visitar que li/enumerei antes de viajar: Iglesia de Santa Maria de la Assunción, edifício gótico-mudéjar. Iglesia de San Pedro, gótica na beira de um penhasco formado pelo Rio Guadalete. Perto fica o Palacio del Mayorazgo com fachada renascentista. A prefeitura tem um belo teto mudéjar.
No hotel nos deram um mapa com todos os pontos. A recepcionista disse que não tem em nenhum site. Scaneei:
Idem para Jerez de la Frontera, que não fomos: Bodega de jerez “El Fundador” (Calle San Idelfonso, 3). Para ver flamenco, Centro Andaluz e Flamenco que fica no Palácio de Penmartín, na praça de San Juan. O centro histórico de Jerez de la Frontera é encantador e bem antigo recuando ao tempo dos Mouros; praças com palmeiras, um velha fortaleza mourisca e várias igrejas antigas. Álcazar.
Nuestro coche y la ruta con los olivos:
Mais! Veja aqui esta rota pelos pueblos blancos de Cádiz.
Compartilho nosso mapa com vocês aqui!
Este post faz parte do nosso roteiro 15 dias na Espanha!
5 respostas para Pueblos Blancos – Espanha (de carro!)