6ª parada: Madri!
Estivemos aqui por 3 noites em nov/14. Média de 15º, à noite mais frio. E um dia ventava muito na Gran Vía e seria congelante se não estivéssemos bem agasalhados. Chegamos de trem na estação Puerta de Atocha, vindo de Sevilla, 2h30 de viagem. As estações de trem mais centrais pra chegar são Atocha e Chamartín, e de ônibus, Mendez Álvaro.
Voltei em Madri em dez/15! Veja roteiro Valladolid 12 dias + bate e volta Segovia, Salamanca, Simancas e Ávila.
Onde ficar:
Fique em qualquer hotel da Rede Room Mate, são fantásticos e estão bem localizados! Alba, Óscar, Laura, Alicia ou Mario! Fiquei no Room Mate Laura, ótimo!
Para hotel, Ricardo Freire indica a zona da Plaza Santa Ana ou o bairro de Chueca. E para apto, Malasaña e Conde Duque.
Ficamos em Malasaña e foi perfeito! Alugamos um apto super cool pelo Airbnb.com, mas que não está mais disponível.
E meus sogros ficaram (e indicam!) o Hotel Sterling. Ao lado do hotel tem uma padaria ótima, aberta 24h, chamada “Scone”.
Retornei em dez/15.
Nosso roteiro:
Dia 1: Chegamos ao entardecer. Táxi da estação até o apto + jantar no Nicola. Fomos andando.
Dia 2: Café no apto. A pé pela Gran Vía até a Puerta del Sol onde fica “El Oso y El Madroño” (oso = urso), escultura de bronze de 4m, símbolo de Madri. Se quiser saber mais: http://www.abc.es/madrid/20140916/abci-secretos-escudo-madrid-201409151808.html
A pé para a Plaza Mayor. Meio decadente de manhã. Melhor ir à noite ou fim de tarde. A primeira vez que fui a Madri, em 2003, fiquei fascinada pela Plaza Mayor (foto), agora, foi uma decepção só, cheia de mendigos dormindo nos cantos e gente pedindo dinheiro em troca de performances nada a ver. Pena!
Churros con chocolate no San Gines ali do lado. Tem do chocolate em pó deles pra vender. Comprei pra dar de presente (e pra mim também, por supuesto!). Na verdade, não comemos churros, mas porras. A diferença é que o churro é mais fino, e a porra, mais grossa. Ai, estes falsos amigos idiomáticos! 🙂
A pé até o Círculo de Bellas Artes, lugar bem interessante, subimos direto (e somente, pela falta de tempo) para a Azotea (terraço super bonito na cobertura), €3. Estava um dia lindo e tomamos cervejinha lá em cima com vista ampla da cidade.
Táxi até o El Botín, que fica numa rua bem legal, Cuchilleros, para almoçar. Pedimos o prato típico, o tal leitãozinho (cochinillo) que de tão macio, fato, dá para comer de colher. Pedimos um para cada casal, custa €25. Lá é vendido o prato (louça) e latinha de azeite do restaurante. Comprei azeite para trazer de presente, uma graça! Atendimento excelente! No Botín aconteceu algo muito engraçado. Na hora da sobremesa, minha sogra pediu arroz con leche. Quando o garçom perguntou ao meu sogro se queria algo, ele respondeu: “Solamente”. Isto é, ele queria dizer “Não, só isso!”. Logo vem o garçom com o arroz doce e… um sorbete de limón pro Waldemar. Minha sogra disse: “Agora, come!”. Sorte que ele ama doces à base de limão. Rimos muito!!
De lá a pé pro Ópera onde tem cafés, mas não sentamos em nenhum, porque estávamos satisfeitos do almoço. Eu e André entramos no Palacio Real, €10.
Como sempre, peguei o áudio guia em espanhol, €4, mas achei que não vale a pena, pois tudo dito lá, tem escrito nas placas das salas do palácio. Como sou fã de tudo o que acontece na Espanha, achei muito inspirador estar na sala onde o Rei Juan abdicou da coroa dando lugar ao filho Felipe e sua mulher Letizia, fato que havia ocorrido bem recentemente, em jun/14. É proibido fotografar no interior do palácio, então peguei a foto do Salón de Columnas na internet:
De lá fomos a pé pra casa e à noite saímos (a pé) pra jantar na Calle Pez que tem vários bares e restaurantes. Mas era sábado à noite, estavam todos lotados e ‘tivemos que ir’ de novo, pro Nicola, restaurante que gostamos tanto, pelo atendimento e pela comida, que meus sogros queriam ir todos os dias! Pois é, sábado à noite o melhor é reservar, pois estes locais da Calle Pez são todos pequeninos. Mesmo no Nicola, que é grande, tivemos que esperar um tempão por uma mesa.
Dia 3: Café no apto. Domingo de museus: táxi pro Prado. Eu sou fã do Goya e de novo, me emocionei diante de suas Majas, a Vestida e a Desnuda:
Quando estudei espanhol há muitos anos, me foi dito que as majas retratavam a Duquesa de Alba. E que causou tanto escândalo a pintura dela pelada, que o Goya foi lá, e a pintou igualzinha, só que vestida. Conheça outras versões: Se quiser saber mais: http://sujadepiche.blogspot.com.br/2008/10/la-maja-vestida-y-la-maja-desnuda-goya.html André adorou os quadros da fase “pinturas negras” dele. Dessa ala, eu particularmnte gostei do “Perro semihundido”, cachorro semiafogado, retratando a fatalidade da morte.
De lá seguimos a pé, fica pertinho, pro Thyssen-Bornemizsa, uma graça de museu!
Adorei este quadro do Degas, intitulado “La Sombrerería”, loja de chapéus:
Indo a pé para o restaurante onde combinamos de almoçar com meus sogros, passamos por casualidade, pela casa onde nasceu e morreu Miguel de Cervantes (foto). A rua leva seu nome e fica na esquina com a Calle León. Na mesma rua, no nº 11, está a casa de outro conterrâneo seu, Lope de Vega, que fica na esquina com Calle… Lope de Vega! Almoçamos na Casa del Abuelo. Provamos a tapa chefe da casa: gambas al ajillo e de prato principal, cocido madrileño. Meu sogro gostou mais da versão carioca do cozido. 🙂
De lá seguimos a pé pra casa, com paradinha na Fnac para um chocolate quente (foto) e comprar libros. Siesta e à noite jantar perto de casa no Café de Luz. Comemos tamal e tostas e bebemos chá, tequila e mojito. Pois é, bem eclético!
Dia 4: Fomos cedo para Toledo (farei um post à parte). Pegamos um táxi até Atocha e compramos os bilhetes na hora. Nosso trem saía às 9:20h e a viagem dura meia hora. Compramos o trecho de volta para às 16h. De volta a Madri, eu e André seguimos a pé pro Reina Sofía (fotos) que fica quase em frente à estação de trem. O prédio foi reformado e estava totalmente diferente de quando o visitei em 2003. Incrível, não dá pra perder, não. Suba ao terraço! Voltamos pra casa de metrô, €1,50 (billete sencillo). À noite, jantar no Barril de las Letras. André e meu sogro pediram paella e foi a melhor que comi, peça a com mais caldo, vem até no prato fundo para comer de colher. Embora o cardápio diga que é prato individual, dá pra dois, um exagero! Fomos e voltamos de táxi, mas dá pra ir caminhando.
Dia 5: Arrumar as malas e voltar pro Brasil.
Filmes que passam na capital espanhola: “Abra os Olhos” (Abre los Ojos, 1997): http://www.imdb.com/title/tt0125659/. Fizeram adaptação hollywoodiana, “Vanilla Sky”, mas se passa em NYC. E o filme “Lope” (2011) inspirado na vida do poeta madrileño, Lope de Vega. http://www.adorocinema.com/filmes/filme-176737/
Em breve Madri completo: o que fazer (https://losamantespasajeros.wordpress.com/2015/05/22/madri-o-que-fazer/) e onde comer e “ir de copas” (https://losamantespasajeros.wordpress.com/2015/05/23/madri-onde-comer-e-salir-de-copas/).
De bate e volta, em dúvida se íamos a Segóvia ou Toledo, escolhemos a segunda opção. Também postarei em breve.
Nosso mapa: https://www.google.com/maps/d/edit?mid=zADAcx_s-BBQ.ko6jNLaLkWzU
Este post faz parte do nosso roteiro 15 dias na Espanha.