Bogotá – Colômbia

Este roteiro faz parte de 10 dias na Colômbia.

Cerro de Monserrate

A maior cidade da Colômbia tem paisagem formada pela Cordilheira dos Andes e está a 2.500m acima do nível do mar, o que torna imprescindível uma blusa sempre a tiracolo para logo que o sol vai embora. Clima de montanha, temperatura varia de 9 a 20ºC durante o ano, com média de 14ºC.

Onde ficar: ficamos por 3 noites no início de set/15 muito bem hospedados em plena zona T, no Parque 93, no Hotel GHL 93. 

Equipe extremamente gentil, quarto confortável, um restaurante bonito onde é servido o café da manhã e ainda tem bar no rooftop (foto). Sempre que eu chegava tomava na recepção uma agua de panela, um chá de cana de açúcar que pode ser bebido frio ou quente.

Queria ter ficado no Click Clak Hotel, mas mesmo eu tendo olhado com muita antecedência já estava esgotado!

O aeroporto El Dorado fica um pouco afastado da cidade, existem duas opções: um ônibus grátis que te deixa num terminal do Transmilênio, o ônibus circular da cidade, sistema de transporte copiado no mundo inteiro, nosso BRT. E de lá você pega um ônibus ou táxi. Nós pegamos um táxi no aeroporto até o Parque 93 e ficou COP 30 mil/R$ 36. Esquecemos de pegar o cartão do taxista porque ele era extremamente simpático! Foi de guia durante todo o trajeto, uma aula! Táxi em Bogotá é barato.

Câmbio: o melhor valor encontramos já indo embora no embarque do aeroporto. Há várias casas de câmbio também na Candelaria e na Hacienda Santa Bárbara, abertas aos domingos.

O que fazer:

Bogotá foi nossa última parada. Depois de Cartagena e Medellín, achamos que Bogotá não teria tanta graça e que as pessoas não seriam tão educadas, doce engano! Gostamos muito de lá também e fomos brindados com gente gentil. E aqui foi o primeiro lugar que disseram que é seguro, porém… que não custava nada ficar de olhos abertos.

Zona T, Zona Rosa e Parque 93: o parque na verdade é uma praça em forma de quadrado,  extremamente bem cuidada e florida. Cheia de plátanos, aquela árvore com a folhinha símbolo do Canadá, que proporciona ao quarteirão um cheiro delicioso à noite. É cercada de bares e restaurantes mais casuais. Daqui você vai andando pra Zona Rosa, que me lembrou muito Ipanema (só que sem praia!) no Rio, repleta de boutiques, shoppings, antiquários e cafés charmosos. Fazem parte na Zona T, assim chamada por ter ruas só para pedestres (calles peatonales) que formam a figura da letra T. Ficamos hospedados no Parque 93 e no dia de ir embora almoçamos no Andrés Carne de Res da Zona Rosa. Fomos de táxi e voltando caminhando pela Carrera 11. Super agradável!

Cerro Monserrate : é o queridinho dos locais, pra eles a principal atração da cidade. Os bogotanos sentem muito orgulho deste morro alto de 3.152 m de altitude de onde se tem uma vista linda da cidade. Não é pra menos, o lugar é muito bonito, com jardins cuidados com esmero.

É um local sagrado, um santuário aonde vão peregrinos seguindo os passos da via-crúcis reproduzida por 14 esculturas.Na igreja tem missa todos os dias e em mais de um horário.

 

 

 

 

Dá pra subir pelo teleférico, pelo funicular ou até a pé. A gente queria subir de teleférico e descer de funicular pra vivenciar os dois transportes, mas o teleférico estava reformando. Usamos então o funicular (foto) e foi muito legal porque o trajeto é alto e íngreme.

Como trata-se de um mirante o ideal seria ir em um dia com céu aberto, mas isso não é mesmo muito comum por aqui! O Cerro fica perto da Candelária então você pode aproveitar pra fazer tudo no mesmo dia. Dá e sobra tempo. Foi nossa primeira parada, fomos logo depois do café da manhã. Lá em cima tem um posto de informação turística onde pegamos o mapa e todas as indicações do que fazer muito bem informadas pelo funcionário.

Tinha um senhor na porta com uma llama pra quem quisesse pagar para tirar foto com ela. Mas como somos contra este tipo de exploração do animalzinho, evitamos este tipo de evento, mas havia um bando de ignorantes (também já fui assim!) montando na coitada da bichinha que poderia estar livre com a família em seu habitat selvagem. Ô dozinha!

Uma coisa que não li em nenhum lugar, é que lá em cima tem toda a estrutura pra você fazer um lanchinho gostoso e até restaurantes para almoço com aquela super vista da cidade. A gente não resistiu e mesmo não com tanta fome resolvemos ficar por lá. Valeu a pena! Olha que charme o restaurante Santa Clara onde almoçamos:

 

CANDELARIA: o centro histórico de Bogotá é um passeio imperdível. Veja nosso roteiro:

 

 

 

 

 

Descemos a pé do Cerro rumo à Candelaria. Entramos na Quinta de Bolívar, casa onde viveu o libertador Simón Bolívar e tem jardins bem conservados. Passamos pela Universidad de los Andes, quase em frente, e seguimos adiante por uma rua só para pedestres (paseo peatonal). Tomamos um café Juan Valdez e chegamos à Plaza Bolívar, a praça principal da cidade, bem movimentada e bonita, rodeada por prédios como o Palácio da Justiça, Palacio Liévano (prefeitura), Capitolio Nacional (sede do Congresso), pela Catedral Primada, entre outros. Na ruazinha lateral à Catedral há uma porção de restaurantes típicos, não são lindos, porém convidativos, me pareceram tabernas aconchegantes. De lá seguimos pra Manzana Cultural, um quarteirão cheio de museus com entrada gratuita como o Centro Cultural Gabriel García Márquez, que é uma livraria gigantesca onde você pode encontrar obras hispanas, o Museo Botero (fecha 3ª), com obras suas e coleção particular do próprio artista. Tem Dalí, Degas, Picasso, Giacometti, Lucian Freud… Casa de la Moneda (só vimos de fora), entre outros. Sinceramente, fiquei impressionada com a organização da cidade. Achei o máximo essa iniciativa deste quarteirão cultural, tudo num lugar só, prédios bonitos e conservados, olha, dá gosto de ver e ver! Seguimos pra Plaza Chorro de Quevedo, que é onde Bogotá foi fundada. E foi interessante porque era hora do happy hour e havia um monte de estudantes sentados, conversando e assistindo um showzinho que acontecia na praça lotada. Tem umas lojinhas fofas lá também. Fiz umas comprinhas numa chamada “El Solar de la Ermita”. Esquecemos de passar pelo Palácio Nariño, sede e casa da presidência, que fica ali no centro. Voltamos pro hotel de táxi e pegamos um trânsito daqueles, mais de uma hora, e mesmo assim foi barato: COP 18M/R$22. Vocês não têm noção de como estava o BRT da Transmilênio (o ônibus), gente saindo pra fora de tão entupido. Horário do rush.

Paseo peatonal (rua apenas para pedestres)

Museo Botero

Tudo na manzana cultural – muito organizado!

Chorro de Quevedo

Ônibus aqui se chama “buceta”

Plaza Bolívar

MUSEO DEL ORO: considerado um dos maiores museus de ouro do mundo, tem uma bela coleção de objetos de ouro feitos pelas civilizações pré-colombianas, de várias regiões da Colômbia englobando o perído entre 500 A.C a 700 D.C. Além de peças de ouro, há pedras, objetos de cerâmica, têxteis e pedras preciosas. Em ouro você vai encontrar peitorais, máscaras, pingentes, pulseiras, colares, narigueiras (anéis de nariz), vasos e figuras de qualidade notável. O museu não é tão grande e é bem organizado. Entrada grátis aos domingos. Fecha 2ª-feira.  Sobre visitas guiadas, leia aqui!

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Na saída você dá de cara com uma rua, um corredor coberto, como uma feira cheia de lojinhas. Deixe pra fazer todas suas compras lá, um achado!! Tinha uma loja só de carteiras de couro de diversas cores, por exemplo. Trouxe pra minha mãe um par de brincos maravilhoso que imita as narigueiras que tinha acabado de ver no Museu do Ouro.

Enumero aqui algumas lojinhas lá dentro que achei interessante:

  • Artesanías El Paisaje (Local 4 – B): Uma logo na entrada de vestidinhos infantis bordados a mão. Comprei um pra minha sobrinha:

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  • Astu Tienda Ecológia (Local 9 – C): cafés e geleias à venda.
  • Oxido TEX (Local 11 – C): camisetas femininas e masculinas bem interessantes, de malha boa, manga curta e longa.

Usaquen: era um povoado que virou bairro. Tem uma praça cercada por ruas estreitas e casas de fachadas coloridas com amplos pátios internos e jardins floridos. Tem antiquários, lojas de tecidos, cafés e restaurantes. Todos os domingos tem feira nos Toldos de San Pelayo e Mercado de Pulgas Carpe Diem onde são vendidos antiguidades, joias, vestuário artesanal, etc.

Perto dali fica um centro comercial grande, a Hacienda Santa Bárbara, uma construção de 1776 que foi reformada conservando detalhes da época em que era a sede de uma fazenda. Tomamos um suco natural delicioso no Cosechas e na saída descobrimos uma filial madrilenha da San Ginés e caímos de boca nos churros, que na versão colombiana é molhado no doce de leite ou chocolate, porém não quente, mas em forma de calda. Falando nisso, aprenda que no espanhol colombiano, arequipe = dulce de leche.

CATEDRAL DE SAL: tida como a maior maravilha da Colômbia, é uma catedral construída dentro de uma mina de sal. Dica em Zipaquirá, a aprox. 50km de Bogotá numa região conhecida como Savana Colombiana. Você pode ir de ônibus ou trem. Fomos de trem porque tínhamos o dia pra curtir e adoramos, indico demais! Há lojinhas bonitinhas dentro da catedral de sal.

 

 

 

 

 

 

 

[À esq. capelinha dentro da mina e à dir., parede salgadinha, puro sal]

Fazendo gracinha no confessionário

 Como chegar:

ÔNIBUS: o ônibus é a maneira mais econômica e rápida. Você pega um ônibus Transmilênio, sistema de transporte local em Bogotá, até o Terminal Norte por aprox. R$ 1,5 (30min). Depois um ônibus para Zipaquirá, tem de 15 em 15 min, que sai do lado esquerdo do terminal e custa cerca de R$ 5,00. Leva 40min pra chegar e te deixa próximo à praça central. Você tem que caminhar por uns 4 quarteirões até a Catedral. Na volta, existe um trenzinho que sai da Catedral de Sal por 3.000COPs/R$3,5 e faz um pequeno tour pela cidade e te deixa no lugar exato para tomar o ônibus de volta para o terminal norte te poupando uma boa pernada.

TREM: Nos finais de semana e feriados tem este trem a vapor de 14 vagões. É turístico e se chama Turistren. Os dois taxistas que pegamos pra estação Usaquen, de onde ele sai, não a conheciam, tivemos que indicar no mapa. A passagem custa COP 48 mil/R$57 e a rota é: Bogotá – Zipaquirá – Cajicá – Bogotá. O trem sai às 9:30h da Estación Usaquen, só sai uma vez ao dia. Uma banda papayera passa tocando nos vagões e é muito animado.

A bela e pequenina estação Usaquen

Fomos antes à estação de trem Usaquen para comprar as passagens. Um táxi do hotel até lá custou COP 4.800/R$6. Há um site pra compra, mas só vende para viagens aos domingos, assim me informou a simpática atendente. Como fomos no sábado, tivemos que ir pessoalmente ao guichê.

Este passeio também me impressionou pela organização e eficiência da equipe. O trem chega em Zipaquirá e há um ônibus até a catedral. O ingresso pra catedral é vendido dentro do trem. Chegando lá então você nem enfrenta fila. Eles marcam horário de volta, dá pra você curtir tranquilo. O almoço é na cidade de Cajicá. Comemos muitíssimo bem num asador (churrascaria) bem local chamado Brasas Llaneras:

 

 

 

 

DICA TOP TOP: Fomos no Coche A, ou seja, primeiro vagão, não indico porque fica colado no motorista e por isso o barulho da buzina, soada frequentemente, incomoda bastante. Compre assentos a partir do 2ª vagão (deve ser coche B), mas não vá no último, pois na volta, inverte. Também sugiro, na ida, escolher lugares ao lado esquerdo do trem pra fugir do sol. Os assentos são marcados, então fique atento ao comprar. E deixe pra tomar café no trem. Você pode até levar um lanchinho e comprar o café lá. Até tamal (prato de arroz temperado com carne de frango servido em uma folha de bananeira) vendem no trem. Fiquei muito afim de experimentar, mas não estávamos com a menor fome.

Perdemos o Mercado de Paloquemao: pra compras e variedade de frutas.

Onde comer:

La Hamburguesería (Cl. 85 #12-49 – Parque 93): Fomos no dia que chegamos. André amou! Atendimento ótimo também. Do lado do hotel.

Apache (Carrera 11 #93-77): não conseguimos ir, mas foi indicação do dono do Ocio, restaurante que mais gostamos em Medellín. É um bar, mas tem comidinhas e fica na cobertura do Hotel Click Clack. Perdemos!!

EL DÍA QUE ME QUIERAS (Calle 69a no 4-26): não deu pra ir mas fiquei curiosa.

Sopas de mamá y postres de la abuela: várias pela cidade. Tem mondongo (dobradinha), ajiaco (sopa à base de batata, com um pedaço de espiga de milho e frango. E talvez lá tenha o chocolate quente com queijo que tanto falaram e não vi em nenhum lugar. Um taxista de Medellín me disse que isso era coisa que ele só comia na casa da vó dele.

Casa Vieja Restaurante: Cra. 10 # 26-60 – San Diego – centro histórico ou Cra. 6A # 117-35 – Usaquén (centro internacional)

Andante ma non Troppo: café e lojinha (Carrera 3 # 10-12).

La Mar (Calle 119b no.6-01. Usaquén): restaurante peruano pra tomar pisco sour e comer ceviche.

La Fabrica (Calle 93#13-25): restaurante italiano. Comi um risoto delicioso. Pedimos entrada, prato principal, sobremesa, vinho. André não curtiu muito, eu adorei!

Restaurantes no Cerro de Montserrate: San Isidro e Santa Clara.

Restaurante Santa Clara, vista para Bogotá

Andrés Carne de Res (Calle 82 No 12-21 Zona Rosa): valeu a pena ter ido. A cereja do bolo!  Dividimos um bife de chorizo e pedimos uma porção de papas criollas (parecida com nossa batata calabresa). Tem uma lojinha legal também.

Andrés Carne de Res

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[Entradinha cortesia com frutas e prato principal]

 

 

 

 

 

Nosso mapa aqui!

*todas as fotos são de nossa autoria.

 

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